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FARO ACOLHE EXPOSIÇÃO DE RUA SOBRE A OBRA DE MANUEL GOMES DA COSTA E O MODERNISMO ALGARVIO

Atualizado: 26 de set.

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A mostra, que é hoje inaugurada às 18h00, apresenta projetos fotográficos em painéis de grandes dimensões, propriedade da ALFA – Associação Livre Fotógrafos do Algarve, e pretende sensibilizar para a preservação de um conjunto artístico único. É também uma extensão da exposição «MGC – Moderno a Sul», patente no Arquivo Distrital de Faro, na Rua Coronel António Santos Fonseca.


Promovida pela Câmara Municipal de Faro, a iniciativa resulta de uma parceria com a ALFA, a Picada Cultural e o The Modernist, projeto sediado no edifício modernista da Rua Dom Francisco Gomes. A programação cruza-se ainda com o Modernist Weekend, que terá lugar a 7, 8 e 9 de novembro, no mesmo espaço.


A ALFA, com sede na Galeria Arco em Faro, organiza exposições desde 2008 e é reconhecida pelo trabalho curatorial e pela formação artística de curta duração. Já a Picada Cultural desenvolve projetos culturais, sociais e pedagógicos com enfoque na criatividade, arte e sustentabilidade.


O The Modernist, dinamizado por Angelique e Christophe de Oliveira, valoriza o património modernista da cidade e organiza o festival anual que este ano chega à 4.ª edição.


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A exposição integra a biografia e o legado de Manuel Gomes da Costa (1921-2016), considerado o maior representante da geração moderna no Algarve. Nascido em Vila Real de Santo António, estudou nas Belas Artes de Lisboa e do Porto, onde integrou o «Grupo dos 5» ao lado de Nuno Teotónio Pereira, Vítor Palla e outros nomes que marcaram a renovação da arquitetura portuguesa.


Gomes da Costa destacou-se pela funcionalidade e modernidade das suas obras. Venceu em 1950 o concurso para a Escola Primária de Lagos, exemplo emblemático do modernismo português, e deixou no Algarve projetos como a Escola Industrial e Comercial de Faro, a Escola Preparatória de Lagoa, a Escola Secundária de Vila Real de Santo António, o Liceu de Faro, a Igreja de São Luís e inúmeros edifícios de habitação, comércio e serviços.

Segundo a autarquia, a exposição visa «celebrar o património arquitetónico da cidade e da região» e valorizar a obra de um arquiteto que procurou sempre uma arquitetura «leve, sóbria, democrática, humana e adaptada ao lugar».


Biografia – Manuel Gomes da Costa

Manuel Gomes da Costa nasceu em Vila Real de Santo António a 1 de janeiro de 1921 e faleceu em Faro a 17 de junho de 2016. Filho de comerciantes, cedo revelou talento artístico, tal como o irmão mais velho, Joaquim da Costa Rebocho. Estudou primeiro em Lisboa, nas Belas Artes, mas foi no Porto que encontrou liberdade criativa e se integrou num ambiente marcado pela modernidade arquitetónica.

Nos finais dos anos 40 passou a integrar o «Grupo dos 5», ao lado de nomes como Nuno Teotónio Pereira, Vítor Palla e Pedro Vieira de Almeida, que trouxeram uma nova linguagem à arquitetura portuguesa.


No Algarve, assinou obras emblemáticas como a Escola Industrial e Comercial de Faro, a Escola Preparatória de Lagoa, a Escola Secundária de Vila Real de Santo António (VRSA), o Liceu de Faro, a Escola de Enfermagem de Faro, a Igreja de São Luís e inúmeros edifícios de habitação, comércio e serviços.

Fiel às suas convicções, a sua obra evoluiu desde a influência da Escola do Porto e dos mestres brasileiros, como Niemeyer ou Reidy, até a um estilo cada vez mais pessoal. É considerado o maior representante da geração moderna no Algarve, deixando uma arquitetura «informada, leve, democrática e humana».


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