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O PRETO E BRANCO DÁ COR ÀS FOTOS

Comecei por tirar apenas fotos normais. A minha primeira máquina fotográfica foi uma Sony Cibershot compacta de apenas três megapixeis mas pouco tempo depois tive outra máquina fotográfica pequena que transportava para todo o lado onde me deslocava. Era do tamanho de um maço de tabaco, uma Benq.

Entrei depois nas Reflex, em Setembro de 2008 mas, pouco tempo passado, em Dezembro comprei a minha actual Nikon D90, com a qual me iniciei no preto e branco. Ainda hoje a conservo. Foi mesmo nessa altura que entrei no preto e branco, o tipo de fotos de que mais gosto. Via na altura o site na internet Flickr onde haviam fotógrafos com fotos muito boas desse género. Passei a usar muitas fotos a preto e branco para dar mais destaque ao

que é fotografado, dar mais emoção.


Um retrato a preto e branco transmite muito mais do que a cores. Há máquinas melhores do que outras. O grão por exemplo nas fotos a preto e branco não as estraga e a cores poderá estragar, as cores ficam esbatidas. A luz também tem muita importância a preto e branco.

O reflexo da luz dá muito mais impacto. O reflexo de uma lâmpada na calçada dá muito mais impacto na foto a preto e branco. Gosto também muito da foto analógica, na qual gostaria de aprofundar mais os meus conhecimentos nessa área, ter mais formação nos focos manuais. Cheguei a ter uma máquina analógica, uma Nikon F80 mas era demasiado moderna para a altura. Tirava as fotos no modo automático. Era boa para a foto a preto e branco, usava rolos próprios para essa categoria. No entanto, o único resultado que tinha da analógica era a consequência do controlo que tinha sobre o momento da foto. Não as editava.


Estive só uma vez na câmara escura onde gostaria de estar mais vezes e aprofundar conhecimentos nessa área. Hoje em dia a parte da edição é muito importante, há muitos softwares que são utilizados nos computadores e que permitem trabalhar as fotos, melhorando-as. Mas o meu gosto pelo preto e branco esbate-se mais pelas fotos urbanas

que sempre fotografei muito e sempre com o elemento humano. Inicialmente tirava o mesmo tipo de fotos mas sem esse elemento mas hoje em dia espero sempre para captar as pessoas. As pessoas dão mais movimento à foto, dão mais humanismo.

Cheguei a ter uma exposição minha, intitulada Ruas a Preto e Branco, n’Os Artistas, em Faro. As pessoas gostaram. Quando tiro as fotos não procuro a cor mas preocupo-me mais com a textura das mesmas. Não me preocupo com o vermelho da folha e penso logo no

monocrómatico, nos contrastes. Tiro sempre as fotos em RAW e dessa forma não permite captar a imagem apenas a preto e branco. Tirar fotos só a preto e branco limita as mesmas. Não permite editar a imagem porque tem menos capacidade. Desta forma, tiro-as em RAW porque tem mais oportunidades de editá-las a nível de tons. O ficheiro tem muito mais informação lá dentro, a foto é mais pura.


ESPAÇO ALFA - Artigo de Samuel Sardinha publicado no Caderno de Artes Cultura.Sul de fevereiro de 2012

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